domingo, 16 de novembro de 2008

CONFLITOS SOCIAIS E "PATIFES ILUSTRES"

1 - A CORTE SE AGITA
Não bastasse a farsa montada por Gilmar Mendes e Demóstenes Torres sobre um “grampo” institucional que ninguém provou e que, ao contrário ‑ segundo o testemunho do encarregado da segurança do STF nas suas transmissões e recepções ‑, foi uma montagem política para criminalizar investigações da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) a partir do fato de o delegado Protógenes Queiroz ter ajuntado ao inquérito da Polícia Federal contra Daniel Dantes et choldra serviços daquela inteligência do Governo Federal; não bastasse isso, a Polícia Federal e a ABIN passaram a ser eiva de interesses divergentes e escusos no sistema político brasileiro e na segurança e inteligência do governo federal.
Perdido em meio aos conflitos de interesses políticos contra o Poder Executivo e o País, o ministro Tarso Genro passou confirmação de alienado enquanto a corregedoria da PF, para apropriar-se das provas do inquérito Dantas e sua evolução processual, invadia a residência e o computador usado pelo delegado Protógenes e, ademais, tomava segredos de Estado na ABIN. Nesse pandemônio político, Gilmar Mendes, Demóstenes Torres, Nelson Jobim e seus cúmplices não serão processados; nem Daniel Dantas e seus notórios sócios. Protógenes Queiroz sim e talvez Paulo Lacerda, por se atreverem contra o sistema Dantas.

2 - A SOCIALIZAÇÃO DOS PRIVILÉGIOS
Medida que deveria ser de qualquer governo democrático-social, o senador Paulo Paim projetou restituir aos aposentados do INSS seus direitos salariais. Todavia está encontrando encarniçada resistência desse contubérnio de burocratas louvados, banqueiros autorizados à especulação financeira e exportadores laureados por subprimes. E não se pense tratar de mero neoliberalismo à européia, em que desativar trabalhadores e servidores equivale a pagar o trabalho e o empenho do profissional que vai descansar da carreira; é agora política de seguro social e de resgate dos direitos humanos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Não é de estranhar que essa nova classe no poder, tendo por iluminado o negociador sindical Lula, decida elevar a socialização dos prejuízos dos poderes públicos e suas instituições decorrentes das aventuras em contratos e dólares de bancos e empresas e da má administração dos grandes cartéis sequiosos de integrar a festa financeira internacional. Isso já vinha fazendo sob a batuta do chefe Henrique Meirelles sobre nossa nação refém. Contudo restaurar condições de vida em degradação, restituir salários de aposentados são riscos para o Tesouro e compromisso-ameaça de excessivos bilhões de reais.
Ora, patifes ilustres!, tem quem compre a sua generosidade.

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