sexta-feira, 7 de agosto de 2009

APAGÃO DA INFLUENZA

Assisti constrangido ao debate no Senado sobre crimes e irregularidades praticados pela Mesa da Câmara Alta sob o comando de José Sarney (com antecedentes em Renan Calheiros e outras figuras “de escol”). Sem qualquer pudor, os amorais Wellington Salgado, Fernando Collor de Mello, Epitácio Cafeteira et caterva defenderam a quadrilha de concussionários e atacaram seus opositores Pedro Simon e Cristóvão Buarque
O espetáculo está sob as luzes do Palácio do Planalto e sob a inspiração de Lula, que engendrou uma aliança PT-PMDB que é decisiva para a virtória de Dilma. A ética política da esquerda e da direita será a mesma? José Sarney está acima do bem e do mal ou só a direção do PT afirma isso? Renan Calheiros, Gilmar Mendes, Nelson Jobin, Fernando Collor, Gedel Vieira, José Sarney e Paulo Malluf são a democracia em movimento? Sim! Há uma canalha da esquerda justificando tudo menos o Meirelles e a reforma agrária. Ah!, os eternos radicais oportunistas!..
Os tempos estão bicudos, as teses da esquerda gorda somam com as idéas da direita “compreensiva”, pelo menos com sua estratégia dominante desde a redemocratização. Somos todos democratas, só que ao nosso jeito.
Bem... grande crise político-institucional à parte, soube-se que Lula e seus ministros retiraram do orçamento da Saúde parcela ponderável para ampliara política do “bolsa-família”. Daí seja assustador que a infra-estrutura de saúde esteja tão precária para enfrentar a gripe suína e outras ocorrências, e com a consequente ameaça de “apagão” de UTIs e hospitais, enquanto são negociados acordos eleitorais, pedágios de rodovias, canais de telefonia e toda a Amazônia.
Agora, se Lula e Sarney ganharem, o Brasil perde; e se Lula e Sarney perderem, nós continuaremos perdidos. Esse dilema continuará graças a quem e a quê? À banda de música do “eleitoralismo inteligente”.
Desde já me declaro culpado de ter somente emitido grasnidos contra o peleguismo de esquerda e a voracidade criminosa da direita. Enfim, quem não for politiquista atire a primeira pedra.

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