terça-feira, 4 de agosto de 2009

ORA, AS IDÉIAS!

Tenho-me dedicado a alertar, criticar e denunciar idéias e práticas assumidas por pessoas e instituições, com as armas da leitura da realidade e alguma experiência histórica. De preferência em correios democráticos compartilhados com setores da intelligentsia, de onde se espera crítica e contracrítica. Todavia...
As comunidades eclesiais de base foram uma das resistências à hierarquia católica e ao golpe de 1964, mas após inteligentemente assumidas pelo bispado e submetidas ideologicamente “à fé”. O movimento sindical metalúrgico foi também doutrinado por essa “terceira via política” e ganhou expansão “autorizada’” da Igreja. E como resistência organizada restante à opressão militar atraiu democratas e resistentes de todas as origens, vindo a constituir o PT. Seu crescimento fora resultado da luta entre conservadores e “progressistas”, em que concorria com os comunistas do prestismo; veja-se, já com “a idéia de democracia-cristã”, ou “terceira via ideológico-política” (ainda não expressa econômico-política”).
Subindo ao pódio político com idéias revolucionarias “porém ajustadas às demandas sociais”, logo a cúpula do PT foi passando à administração dos “self-made-mans”, ou aventureiros e oportunistas da própria ascensão de classe, que se foram amoldando como a “corte de Lula”, a promessa operária de condutor das lutas sociais, políticas e econômicas. Isso todos sabem...
Nossa tolerância com um governo neo-neo-liberal do PT, entretanto, nos trouxe a um impasse político em meio a uma crise mundial. Os coroinhas do lulismo sem princípios se colam aos pelegos sindicais, aos “profissionais realistas” do “liberalismo à gauche” e aos “militantes de residência e prestígio profissional”, e como nerds, fazem o seu panfletarismo “contra os que sejam contra”, torcida organizada e vazia de idéias.
Tudo crescentemente às claras, as novas alianças políticas nos retornam a 1979/86, vésperas da Constituinte de 1988: e inevitavelmente a 1988/94. Como se dispuseram e organizaram os novos partidos e que programas defendiam.... O resto a memória de qualquer um alcança.
Naqueles momentos, compromissos programáticos, políticos e ideológicos evidentes, as lutas por nova sociedade brasileira avançaram em zigue-zag e as esperanças atrás. Porém, cada vez mais foi ficando evidente que o PT se desconstruía, sob os influxos do oportunismo e da corrupção burocrática.
E quando começamos a analisar a crise do PT dentro da crise nacional, dentro da crise mundial, os “escoteiros”, os “coroinhas”, os “missioneiros” os “panfletários” e os tprcedores contorcidos se deliciam a mostrar “sua fé” militante.
Por favor, não me encham com matracas!

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