segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DEMOCRACIAS X FARSANTES

O Ministro Tarso Genro firmou posição contra os oportunistas dentro e fora do governo brasileiro, na vida pública e na “privada”, na comunicação social e na imprensa a soldo, no Brasil e no exterior, enfatizando que, se Cesare Battisti não foi vítima política do Estado italiano em uma conspiração política da Democracia-Cristã‑PCI‑Partido Socialista para impor aos italianos o “consenso político” dos anos 70 a 80; as Bgritatte Rose e os Proletários Armados pelo Comunismo (PAC, que ele integrou como dirigente) supuseram estar reagindo adequadamente aos “corruptos da democracia cristã em suas especulações criminosas ligadas ao Banco do Vaticano, juntamente com os degenerados do Partido Comunista Italiano de Togliatti a.Enrico Berlinguer e com os socialistas de Sandro Bertini ‑ que haviam organizado o “compromisso histórico” sob interesses grupais, com seus braços no Parlamento e no governo, a fim de liberar o capital “sem marca”, subordinar-lhe as condições de trabalho e disciplinar a vida trabalhista e sindical; além do aberrante perfilhamento nacional à OTAN-CIA-WASHINGTON como “garantia” internacional à reorganização daquela sociedade “pós-fascista. Do eurocomunismo anti-stalinista de Palmiro Togliatti e Enrico Berlinguer ao “compromesso storico cristiano-comunista-socialista” contra a independência política italiana e a favor da maior corrupção histórico-política.
Todavia, “apesar da traição social-nacional do Partido Comunista Italiano acumpliciado à hegemonia “sibarita” Vaticano-democrata-cristão”, nem todos os movimentos sociais profissionais e de idéias sociopolíticas se dispuseram a acatar as diretivas totalitaristas daquele “Estado democrático de direito” versão “compromesso stórico nuovo fascismo”.
Como primeiro-ministro, Aldo Moro passou daí a ser o alvo exemplar da campanha da Brigatte Rosse como dos Proletários Armados do Comunismo, contra “a maffia cospiratrice” no poder da República ‑ por “maffia” entendamos não a mano nera, a camorra, a ormetà ou similares e sim aberrantes métodos com presença ostensiva de capos políticos comandando especuladores corruptos formados e abrigados nesse poder do Estado lapidado pela CIA.
Sequestrado e executado Aldo Moro, mais do que a punição aos grupamentos “políticos terroristas”, o poder de Estado decidiu prender, torturar e exterminar perseguidos políticos, especialmente “os cabeças” para que não fossem reveladas “as confissões de Aldo Moro” e possíveis provas dos negócios secretos e de corrupção no governo. E então entre provas forjadas pela polícia, surgiram “testemunha” e “depoimento” articulados além dos assassinatos que estavam imputados contra Cesare Battisti, sob instâncias especiais de ameaças a suspeitos, com promessas de liberdade e prêmios de delação. Esse “sistema democrático exemplar da Itália“ encomendou e sua Giustizia ubi et orbe (que arrota agora dignidade e sabedorias ao mundo) acatou denúncia (por essa ”delação premiada”) sem prova nem contradição legal. E há quarenta anos esse passado iníquo reaparece na vida pública italiana e é manipulado pela “imprensa livre e democrática da CIA e do mundo”, tendo por alvo os insubmissos políticos e seus remanescentes como Cesare Battisti.
Voltemos ao ponto: devemos manifestar nosso apoio à posição corajosa e lúcida do Ministro Tarso Genro e à firmeza do governo Lula no episódio da negativa de extradição a um preso político em processo-farsa político, regido por uma giustizia a serviço da história da corrupção de Estado na Itália. Necessário e urgente apoio contra a estúpida e agressiva pressão fascista-imperialista sob esse “honorável” pretexto de uma “democracia aberta, sabedoria vitalícia e soberania exemplar” italianas.

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