quinta-feira, 30 de outubro de 2008

RESCALDOS ELEITORAIS

Não pensei voltar a comentários depois de ter verrinado condutas do PT degenerado-oportunista-negocista em que se transformou, particularmente no Estado e, exemplarmente, em Curitiba. Todavia, a campanha eleitoral de 2008 exigiu denúncias e acusações ‑ desde à disputa interna, em que uma demagogia proselitista acrescida à transformação de bases eleitorais em conturbérnio indecoroso de chefetes de bairro e cabos eleitorais cooptados se veio constituindo em redutos facciosos em busca de satisfações extrapartidárias; até a subsunção de lideranças petistas acamaradas por caudatários do sistema autoritário das cúpulas regionais e nacionais. Vale dizer, o oportunismo, o carreirismo e o seguidismo cartorialista têm transformado o Partido dos Trabalhadores numa crescente feira de influência autoritária sob condução “superior de classe” e merchandisings pouco explicáveis, com explicitação nas deformadas campanhas Vanhoni até a campanha Gleisi.
Não basta, entretanto, registrar o que todos sabem e desejam ignorar: o PT veio sendo tomado por um estamento de poder nascido eleitoral porém conservado como acoplamento às ações e desdobramentos escandalosos de diirigentes nacionais oportunistas, carreiristas; cúmplices da economia monopolista e do sistema financeiro, traficantes de empreitadas públicas e despachantes de serviços estatais. E vamos chegando a termo ‑ as liças internas como quedas de braço entre “grandes eleitores” que conduzem o rebanho mesclado de “ideológicos” com “ativistas-claques” contra os doutrinários e compromissados com a origem e os pretendidos destinos de um partido dos trabalhadores.
Feita essa preliminar, podemos falar do coroamento formal de toda essa política de oportunistas e falsários: o documento à guisa de prestação eleitoral, onde se esconde o que não se pode mostrar: 1) o desprezo à insegurança social, ainda que no quadro de melhoria relativa de salários, serviços e créditos: insegurança pessoal, familiar de assistência e promoção sociais: centros de convivência-creches, saúde, educação, trabalho, transporte, serviço público e cultura-lazer. A incapacidade de mostrar alguns testemunhais da população se transformou em retórica dispersiva e idiota das chefias de campanha como se os “achados” de algum marquetólogo substituísse a vivência comunitária. Tudo como se os magnos problemas de cada aspecto e setor da vida social se transformassem em frases de efeito; mostrando que o partido nem mais consegue mobilizar os que conhecem nossas realidades e podem propor soluções.
Sem pretender esmiuçar cada perspectiva sociopolitica e política aplicada, destaquemos que a oportunidade tecno-educacional para que crianças, jovens e adultos possam recuperar sua defasagem de conhecimento em capacidade de integração e ação (ensino-cultura-lazer tecnológicos) foi inteiramente ignorada, e como a atividade econômica (capitalista) mais à vista: o turismo, não teve sequer um capítulo de atenção. O transporte de massa com leito em superfície na linha verde, as reformas da educação formal, da saúde familiar e para segurança comunitária ficaram para o atual partido “mais à direita” que a administra contra a população.

Nenhum comentário: