terça-feira, 7 de outubro de 2008

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

As principais cidades-sede microrregionais (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Umuarama, Cruzeiro do Oeste, Araucária, Guarapuava, Paranavaí, Toledo, Cornélio Procópio, Paranaguá, São José dos Pinhais, Arapongas, União da Vitória...) têm o colégio eleitoral decisivo para as eleições majoritárias. O desempeno partidário nas eleições de 2008 aponta, no aspecto geral, as forças de apoio e sustentação dos possíveis candidatos ao Senado Federal e ao governo do Estado.
Assim, pelo que se viu, Curitiba e sua Região Metropolitana, Londrina, Maringá, Cascavel e suas microrregiões, se não criaram uma impossibilidade eleitoral para todo o PMDB, mostraram revés acachapante e de difícil retorno no nível de sua liderança estadual. Ainda mais que o descozimento da nova aliança nacional PT-PMDB chegou aqui à fragmentação total sob a batuta do requionismo confrontado ao andreísmo-bernardismo. Então, todos os cálculos que se basearem na relação partido + lideranças (e “autoridade-emblemática”) deverão colher os estilhaços político-ideológicos e verificar da possibilidade de reajuntá-los e até de ampliar sua base sociopolítica.
Muita verdade é que a derrota não foi do Requião e do Lula (por seus sátrapas regionais) e sim da caótica linha político-eleitoral dos partidos aliados a Lula e dos comissionados do governo Roberto-Eduardo-Maurício de Mello e Silva; e essa linha política é conseqüência de um “esquerdismo” reivindicativo, oportunista e a-ético encantado com o alcance ao poder, de que “as patrulhas necroideólogas” são a fanfarra eleitoral na internet e na Boca Maldita de Curitiba.
De minha parte, não me dou por compensado nem satisfeito, apesar do que possam assoalhar os “políticos velhos de guerra”. Todavia temos de reconhecer as desídias, vacilações e oportunismos dos “socialistas” de carteirinha e o tédio pequeno-burguês (não grande!) e o comodismo (como meu caso?) dos “teóricos sem classe nem base social”.
Apesar dessas faltas e mazelas, sempre me dispus a estudar, analisar, discutir, debater e avaliar as relações sociais de classe em relação ao poder dos estamentos políticos e suas formas de dominação. Sei que essas questões são abominadas pela idiotia dos carteiraços ideológicos com que se justificam os caciques partidários. Ainda assim, a luta continua (mais para expurgar o carreirismo e o oportunismo nas esquerdas do que demonizar nossos adversários de idéias e programas).

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