sábado, 28 de março de 2009

E ANTAS E GATOS-DE-BOTAS

Os sabujos continuam a farejar ora o dono ora a caça enquanto os pastores fabulam agrestemente com os palafreneiros que usam dinner-jacket, mascam chicletes com coca-cola; e na cidade os rapazes-de-programa vão exibindo gourmandises, genealogias e QIs, os rábulas exibindo diplomas, os nerds proclamando sabedorias e os escribas, de mãos-pendentes, fazendo crônicas a serviço de El Fancho, e verrinas contra os republicanos. Assim remanescem as cortes e as herdades como se a nobreza estivesse universalizando seus privilégios.
Entrementes, pode-se caracterizar nessa vigência do dia-a-dia o conceito jornalismo “como prática e discurso mercadológico”?:Constituiria uma torção da natureza e da função profissional e seu sentido? Ou essa atividade passou a ser comunicação social armada de interesse em convencer, persuadir-dissuadir em uma petição de princípio de que “feita a notícia ela seja (se transforme em) verdade essencial” a serviço do poder? Então, as calúnias a serviço da usura e seu poder econômico, as difamações contra os inimigos de El Fancho, as homilias em prestígio do patronato e os ataques aos aspirantes à inclusão social como rebelados à meritocracia da pecúnia, isso passou a ser a intelligentsia do jornadismo de serviços, ou jornalismo de “escol”?
A caniçalha profissional dos escribas de aluguer assumiu uma “cláusula de barreira à comunicação social”, para ressaltar as aventuras econômicas e “tarefas cívicas” de sua imprensa alcunhada “democrática” e amortecer as “responsabilidades éticas da comunicação social” para toda a sociedade. Esses escribas foram promovidos de jornalistas a “portavozes-escritores-auditores de luxo”, destinados a fazer o trabalho sujo da “sugestão institucional”, advertência política, prenoção, chantagem, desmoralização com distorção dos fatos e acontecidos, calúnias de procedimentos e interesses com difamação dos inimigos de seu patrão, El Fancho.
Infelizmente, para toda a categoria profissional da informação social, destacam-se como “sucessos de carreira” os fascistas Boris Casoy, Olavo de Carvalho, Arnaldo Jabur, Diogo Mainardi e ainda os pelegos globais William Bonner, William Waack, Alexandre Garcia, Fernando Mitre, Joelmir Beting.
Dos primeiros conhecemos atitude e procedimentos nos temas e debates sob aparência democrática: o filiamento dos conceitos e os repiques à mídia já industriada no servilismo globalizante. Bóris Casoy se ajustou desde auxiliar da ditadura na Faculdade Mackenzie, nas informações secretas da ditadura à “Folha da Tarde” e continua até hoje a sua estipendiada tarefa; Olavo de Carvalho pegou carona entre os imbecis coletivos a serviço de Washington DC.e desde então faz piqueniques “filosóficos” com aspirantes a político e estudantes imbecilizados pelas “páginas amarelas” da revista Veja; Diogo Mainardi está mais pra um logotipo do imbecil latino-americano no espólio de Paulo Frrancis; e Arnaldo Jabur é o Glauber Rocha que não deu certo e desde então despeja seus ressentimentos sobre “as esquerdas” de todas as cidades e continentes. À prima vista, parece simples falha sistêmica do jornalismo nas “democracias em ajuste” mas são na verdade a própria crise de um mercado abjeto e servil da imprensa senil, porém global.

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