quarta-feira, 30 de julho de 2008

LOBOS SOLTOS NO REDIL

A insegurança social (como categoria genérica) é o grande fulcro desta sociedade opressiva, exploradora e tumultuária ‑ em que a violência da hierarquização de classes assusta ao mesmo tempo que desorienta as classes trabalhadoras, principalmente. Tematicamente; 1) o emprego e a segurança no trabalho-emprego, 2) o transporte com seu deslocamento vital, 3) a saúde e a segurança societária, 4) a incolumidade pessoal e familiar ante a incapacidade da segurança pública, 5) a educação formal X mentira institucionalizada, 6) a convivência civilizada e seu lazer-cultura, e tantos mais... Todavia você jamais conseguiu, muito menos agora no cruzamento da ignorância com a indiferença (ou simplesmente alienação pessoal e social), explicar para essa turba em pânico cultural-mitopolítico que a sua vida está colocada em jogo! O apedeuta não sabe, o burro não entende e o alegre cretino está à procura de muitas espertezas.
Mas não adianta lamentar. Escolha prioridades e concentre seus esforços nelas: por exemplo, do Atuba ao Pinheirinho (com possibilidade de atrair passageiros de Colombo‑Rio Branco do Sul‑Almirante Tamandaré‑Campo Magro, Atuba e Pinhais), por o ônibus elétrico (ou trem), trafegando por uma das pistas da ex-BR urbana, desafogaria um terço do transporte dos passageiros para a Cidade Industrial‑Pinheirinho (com extensões para Vila Fany-Vila Hauer-Boqueirão-São José dos Pinhais, até a Fazenda Rio Grande) -- embora saibamos que os negociantes da URBS, do IPPUC e da Prefeitura, como tantos vereadores, são despachantes dos negócios “municipais” e comissionados pelas empresas de transporte coletivo; e isso é tão evidente que uma parceria COPEL-Prefeitura começaria a desatar esse gargalo dos transportes coletivos! E quem é que tem a coragem de atacar esses políticos corruptos?
Todas as questões urbanas e sociais não resolvidas ou desorientadas seriam temas da campanha eleitoral (dessa única eleição programática, direta, distrital e parlamentar ao alcance do sacudir o rabo às moscas). Porém, por ser uma eleição própria de pleito distrital, no confronto direto eleitor próximo a seu representante, revela a terrível dependência pessoal e dos grupos de idéias nessa incomunicação social (desta sociedade alienante) em que vivemos, com a falta de organização político-ideológica e de seu agir-comunicativo (vide Jürgen Habermas) para expor e aglutinar interesses sociais durante os processos censitários.
O postulante a representar tantos interesses difusos (armadilha dessa genérica representação-democrática parlamentar) deverá contar com uma representatividade preliminar comunitária (profissional, sindical, de ação social; de eleitorado afeito a seu agir comunicativo), mas já com identificado prestígio ao iniciar sua pregação aglutinadora de votos. Para, a partir dos 2-3 mil votos (?) mínimos, ir expandindo organizada e sistematicamente sua sedutora postulação política.
Assim, o troleybus; o padrão-máximo de 25 alunos por sala de aula com conselho de orientação pedagógica incluído de pais; o comunitário condomínio de segurança pública; o apoio comunitário de atendimento da saúde; a definição de espaço e co-gestão popular de lazer-cultura; as associações de moradores e os sindicatos profissionais para obrigatórias decisões urbano-legislativas são algumas propostas de administração democrático-social das cidades. Mas vá dizer isso pra asno-ideólogo!

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