segunda-feira, 29 de junho de 2009

CONFRARIA DOS TRUÕES

Fui intimado por um grupo de estudantes a oferecer respostas à crescente desagregação cultural-política em confronto às informações técnico-científicas que se transformam em vulgatas (“pragmática”?) educacional-culturais. Difícil entender cientificamente, para explicar coerentemente, que sei eu, senão que a pressão de massas e a sua comunicação social estão caminhando em sentido divergente; exatamente porque meios privados de comunicação social não correspondem ao que necessita a sociedade para informar-se.
Preferi fazer uma autocrítica por me terem incluído no rol dos sabidos. E a partir daí usar o senso comum: além da apropriação privada da informação e da hierarquização de sua importância “para venda”, nos interstícios dos grupos, estamentos e classes transparece a hegemonia de poder de classe e suas atividades intelectual e técnica que passam a orientar os interesses gerais, impondo chefias e lideranças alienadas.
Todavia, isso não é tudo: a feroz disputa de domínio político-cultural entre segmentos sociais faz das idéias sociopolíticas e do estilo pessoal das lideranças um especial cenário cultural-político a limitar as atividades de grupo. Chega a ser mais grave ‑ para contra-reptar a alienação social e política ‑ a ação dos grupelhos performáticos “donos do discurso ideológico” com que substituem a realidade social por seus desejos enfeitados de utopias: eles ocupam o cenário e os debates.
Em resumo: não sou a pessoa indicada para responder e não sei realmente o sentido político e ideológico dessas perguntas. Se alguém puder esclarecer como estão funcionando esses pequenos clubes ideológicos de irados alienados, ou tiver a chave do cofrinho do saber, por favor abra-o para nós.

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