sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A BESTA MONTOU ESCOLA

A esperteza animal de João Pereira Coutinho lhe pregou uma peça, e então ele se dispôs a ludibriar os leitores da Folha de S. Paulo com burrices sofisticadas sobre o massacre de Israel em Gaza. E como ele não explica as trilhas de sua formação profissional e as origens de sua informação político-cultural, as suas diatribes e rematadas besteiras folhetinescas passam por ser conhecimento e ciência política. Porém, como rejeitar a burrice que zurrou aos desprevenidos leitores não seria exemplar, é importante desmascarar a sua má-fé, o que está por trás desse ornejar jornalista, para o que nos falta tempo. Todavia...
Fosse ele pessoa apenas desatenta, eu insistiria que procurasse saber dos limites de Israel fixados pela ONU em 1948 e descobrir a sequência de resoluções da ONU (cuja ações contra Israel têm sido vetadas pelo governo norte-americano), acrescentando-lhes informações sobre os massacres judaicos em Lyda, Ramis, Sabra e Chatylla e outros com o propósito de arrasar vilas palestinas para onde estavam planejadas colônias sionistas; e a anexação de áreas e territórios em Jerusalém e da Cisjordânia e as águas do Rio Jordão, para não citar a anexação de fronteiras a pretexto de segurança de Estado. Se fosse insuficiente, que lesse, entre outros, o historiador judeu Ilan Pappe (então morador em Israel) sobre a política sionista de limpeza étnica (a mesma de Adolf Hitler), confiscando terras palestinas, expulsando os residentes com as tropas da Haganah e Stern; e só “admitindo” parcela de palestinos (hoje minoritária) como cidadã de segunda classe.
Uma coisa são as informações sionistas divulgadas por Israel e Estados Unidos, em que a reação palestina ao terrorismo colonialista dos judeus no Levante é apresentada como “terrorismo islâmico-palestino”; outra são a realpolityk nazista-sionista, a história e os fatos. E como a arrogância dos prebostes não conhece termo, e o zurrar de seus escribas constitui abuso ao silêncio, é imperioso proteger-lhes as vítimas, recomendando estudos.

PS. Animal inteligente é força de expressão, porque o que chamamos inteligência animal não é dialética, reflexiva e crítica. Todavia, a inteligência humana é condicionada por desejos e interesses; ogo, podem animalizar-se ao abandonar o espírito crítico.

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