sexta-feira, 22 de agosto de 2008

VAMOS ASSIM, RAPAZIADA!

Manipulei um convite de contribuição no valor de R$1.000,00 (ao dia 2 de setembro, às 19h30min, no Buffet du Batel) para participação no “Jantar dos Amigos do Beto” e compreendi como o “trabalho continua” com a Coligação Curitiba, sob entusiasmo de quem teve registrados 70% nas pesquisas de “intenção de voto”, e que procura perder pouco dessa “fofura” até as eleições. Para quem está habituado a ver uma “fezinha” de R$10,00 a R$50,00 em colaboração para algum candidato sinistróide, essa “espontaneidade” de milão dá coceiras.
Mais ainda sabendo que se trata de um plus arrecadante de um amplo grupo de amigos de prefeito, em que empreiteiros de obras e empresários notáveis “por sua contribuição à nunca suficientemente louvada democracia representativa” já definiram participações (de pars, partis, a parte) muito mais significativas na campanha ‑ e que a escória “socialista de gaveta” do PSB, do PDT e do PPS se tem alinhado pela direita e agora faz seu pule no capão mais habilitado ‑ enquanto suas lideranças já dividiram os bônus do processo eleitoral. Aqui me quedo abismado.
Entretanto, não devemos ficar discutindo fundos e apoios políticos, e sim a forma e o estilo, que são o busílis ideológico-político. Claro está que as eleições não são lugar específico para assertivas ideológicas e pregações de doutrina, já que o “anuente” se submete a regras de disputa de funções político-administrativas, para as quais, pensa-se, terá alguma contribuição objetiva além de retórica. Quando muito, poderá vincular suas propostas objetivas a uma visão político-administrativa e urbanística.
Além do discurso verde do PV e do discurso vermelho do PSOL-PSTU-PCB, que no geral só convocam atenção dos próprios simpatizantes, e de que Fábio Camargo é um livre-atirador a serviço da candidatura Beto Richa (e de seu próprio prestigiamento, é óbvio), a candidatura Gleise Hoffmann estranhamente afirma “eles estão cansados e pouco criativos”: como elogios à privatização das áreas municipais e à criação do sistema de transporte para a Volvo, para o “pool”empresas de transporte coletivo e para fabricantes de equipamentos urbanos; e também aos urbanistas e arquitetos associados na cópia de obras existentes no exterior ‑ sempre, lembremos, com aviso para os amigos do IPPUC e do prefeito de quais áreas urbanas irão valorizar ‑. Tudo como se fosse um fulgurante sistema de planejamento urbano em declínio!
A sua vez, bem articulado em sugestões democráticas e de repercussão pública, o candidato do PMDB consegue fazer propostas incisivas e razoáveis, mas que não conseguirão ultrapassar o nível de falas ocasionais. Simplesmente porque o processo eleitoral entre nós começaria logo após as eleições, com necessária formatação de críticas passo a passo e extrapolação delas como constante informação pública. Todavia, o contexto de delirantes e espaventados que o cerca diminui a credibilidade do ex-reitor da UFPR.

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