terça-feira, 16 de setembro de 2008

DIREITA, VOLVER!

A classe média a prêmio (estipendiada pelo Erário público e crescentemente vindicativa) e sua agressiva burocracia institucional se alçam contra Evo Morales, Rafael Caldeira, Hugo Chávez, Tabaré Vasquez, Cristina Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva. E em qualquer lugar em que as reformas econômicas, sociais e políticas estejam em pendência, os grupamentos estamental-fascistas impõem seus privilégios de “elite social e política”, mas na verdade mascarando a grande “causa final” do verdadeiro poder econômico-político multinacional que a alimenta. Juntamente com setores da burocracia de Estado, atacam as reformas econômico-sociais em suas políticas públicas e bloqueiam uma divisão social de rendas. Ela é a massa atuante reacionária contra não só alguma revolução político-militar (o que alega para conhecidos golpes de Estado em todos os países do mundo e da América; para nós, mais sensitivamente no Cone Sul), mas a mudanças estruturais do sistema produtivo e social.
Todos os países globalizados pelo imperialismo temos essa dolorosa experiência, em que estão agora sitiados Evo Morales e Hugo Chávez. Nossos países (re)democratizados continuam sofrendo essa pressão e esse abuso, que vão chegando rapidamente ao desmonte constitucional como na Venezuela e na Bolíviae, sempre iminentes, em qualquer parte em que a CIA e seus sócios internacionais e nacionais insistem na conservação de privilégios de juros, câmbio e comércio; e no reconhecimento de que a aristocracia mundializada é a condutora da “livre” democracia formal-representativa.
Royalties, dividendos e juros advindos das riquezas nacionais, agora destinados às reformas por Evo Morales, estão no centro da questão política, porque uma “elite” da nobreza altiplana, essa escória de especuladores, fraudatários e argentários transnacionais, pretende conservar a “sua Nação”, a “sua República”, a sua “livre-determinação democrática””. E para isso, contam com a “Imprensa Livre” da América e a “mediação política” dos seus vassalos na OEA. Trinta anos depois da “Operação Condor” poderá surgir a “Operação Abutre” e seus gusanos.
Seu “capo” de sicários não é Leopoldo Fernández (de Pando) ou qualquer outro mercenário institucionalizado nos departamentos da “Meia Lua”; é o embaixador dos Estados Unidos da América e seus comparsas da CIA na Bolívia. E, expulso o chefe nominal, ficaram outros, muitos nas instituições públicas superiores (embuçados nas forças armadas e no judiciário, porque os do legislativo já são conhecidos).
Lutar por políticas nacionais justas e oportunas deve ser a base da unidade nacional e das classes sociais oprimidas e exploradas em cada país, construindo assim uma ponte da unidade política nas Américas e no mundo. Enquanto isso, divulgar e esclarecer é preciso.

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