domingo, 14 de setembro de 2008

ESPORTIVIDADES

Qualquer tema tem seu corte empirista-subjetivista e sua perspectiva sócio-política; e se um não se estorce no outro, pode integrar-se. Fui jogador medíocre porém atento, então, umas questões preliminares - Em quantos segundos Ronaldinho faz 100 metros? Como está a “explosão”, movimentação e agilidade de cada um? E, assim, qual a relação altura-peso-massa muscular dos jogadores? Eles têm feito exames biométricos, de dinâmica e funções musculares? E sua parte emotiva (porque essa imagem de aponia e dispersões) Que diabos, o que vemos em um Ronaldinho atleta? A alienação e o medo.

Desprezando Dunga, como vão os demais (anões?) seleto-desorientados? A seleção brasileira vem sendo vexame não-ocasional; tanto quanto reconhecemos alta qualificação técno-atlética na maioria desses jogadores. Até o presidente Lula (de quem não tenho procuração, mas se sabe ter espírito crítico e ser apaixonado pela bola) disse o que todos sabemos: se é esse sistema e jeito de jogar, a “escola brasileira faliu”; e nossos jogadores só podem aprender o jogo lá fora. Tanto bastou para que Ricardo Teixeira se distraísse, Dunga atribuísse tudo às emoções do destino; e um imbecil escoiceasse o presidente Lula com uma frase burra: por que não se nacionaliza argentino? Se não duvidávamos da condição atlética de Júlio César, teríamos agora razões de duvidar da sua higidez mental e compostura social: como goleiro pode fechar o gol mas abre a boca só para dizer exaltadas sandices, com pruridos de “pop star”?

Só um cretino poderia ignorar que falta para cada um dos jogadores da seleção noção clara de funções e reciprocidades, e, além de orientação, empenho nos jogadores da seleção brasileira. Porém, nessa maioria sobra-lhes efeitismos e maneirismos. Ninguém está obrigado a vencer mas a justificar responsabilidade baseada no encargo.

Admitindo certa ($) inapetência dos técnicos de seleção e de suas idéias de organização tática, somadas com pouco tempo disponível para treinos e determinação das funções a cada membro da equipe (há semelhanças com os treinadores de times, que esquecem o brocardo de Oto Glória: Movimentem-se! Quem desloca recebe, quem pede tem preferência?). Onde objetiva verticalidade na ação direcionada ao gol?

Fiquemos por ora apenas em Ronaldinho, como padrão e exemplo: Cena 1: Se não falha a memória, aos 27’ do segundo tempo contra a Bolívia, Ronaldinho livre a 8 metros da meta (bola na área, “sobrando”), em vez de atirar a gol, a devolve infantilmente para o “bolo” de jogadores ao lado.Cenas 2 e 3; nesse e em jogo anterior: em mais de uma oportunidade, em vez de disputar com drible, ou sem ele, para ultrapassar o adversário em direção ao gol, surge-lhe insegurança e inibição que o levam a derivar em dribles e “gratificar-se” em passes. Quem quiser fazer análises, decomponha os momentos de Ronaldinho durante os últimos jogos, em sua atitude tímida em relação a investidas diretas a gol. Depois faça o mesmo com os nossos demais “grandes narcisos” do Olimpo

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