sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ORA, NOSSA CONSTITUIÇÃO!

Com a mesma convicção com que as leis e regulamentações constitucionais vêm sendo procrastinadas por um obstinado “compromisso com esse vazio legal”, o poder legislativo federal ataca “desvios de função” nas ações institucionais públicas e o descumprimento da estrita inferência legal nos processos e inquéritos criminais que afetem “personalidades públicas”. De Daniel Dantas a Heráclito Fortes e seus convictos.
Qualquer Heráclito Fortes (indigitado pelas investigações de corrupção), Marcelo Itagiba ou Jungmann sangra-se em saúde para crucificar a Polícia Federal e a ABIN (e, de fianco, o Gabinete de Defesa Institucional de Lula), na sucessão de fatos e compromissos desencadeados no inquérito Daniel Dantas e as correições Gilmar Mendes. Por “estranho” que pareça, como é que Heráclito Fortes preside uma CPI que trata dele mesmo? O que tem que ver Marcelo Itagiba com a “estrita aplicação” de investigações para averiguar e punir delitos de autoridade policial, tendo sido “chefe de polícia” sob permanente acusação de irregularidades? Esses são os investigadores, e os suspeitos serão outros que não Daniel Dantas e seus comparsas.
Os fatos? Daniel Dantas na cadeia, e então o ministro Gilmar Mendes no STF dirime na política institucional quem e como vai “em cana”; e no intermeio a Polícia Federal e o Ministério Público desfulanizam os acusados de crimes e corrupção, em vez de “personalizá-los” atenciosamente como exigem as práticas desta República com a subsequiosa e beneplácita hermenêutica do Supremo Tribunal Federal. Os fatos? Os delegados Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz investigavam ações do dirigente do Grupo Opportunity, e como se defrontavam com o “poder real” da política (Daniel Dantas, seu grupo e comparsas podem comprar membros e agentes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de toda a imprensa “livre”), solicitaram (?) agentes da Agência Brasileira de Inteligência (organismo voltado a quaisquer investigações que envolvam a segurança nacional e de nossas instituições) para colaborar no processo.
As reações dantescas começaram no Congresso Nacional e se estenderam ao STF, para juntos pressionar politicamente Luiz Inácio Lula da Silva e impedir a continuação das investigações da PF que, atingindo o Opportunity, atingem “personalidades da República”, sócios, amigos e simpatizantes. Ao mesmo tempo, os grupos de pressão ameaçavam familiares de Lula como ativistas econômicos mal postos.
Para “pacificar essa Bolívia institucional” foi designado Nelson Jobim, famoso constituinte fraudatário, parlamentar ajeitado à divisão dos poderes, ex-presidente do Supremo e um sestroso e confabulante ministro de Lula.
Resumo: Os “patifes ilustres” deste mal-falado País (ou, simplesmente, a canalha política) contra-atacaram a sucessão de investigações sérias e isentas da Polícia Federal (a todas as investigações, inquéritos, escutas, processos) com o propósito de confiná-las às trivialidades, com a clara noção de que não devem “alcançar membros dos poderes

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